segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Expointer 2009


O Estado do Rio Grande do Sul sedia um dos mais importantes eventos agropecuários e de maquinário da América Latina. A Expointer 2009, acontecerá no período de 29 de agosto a 6 de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

A tradição das exposições agropecuárias gaúchas iniciou em 1901, no Campo da Redenção, hoje Parque da Redenção. Na época, já foi considerada um sucesso de público.

Nascia, então, a Exposição Estadual, embrião do que hoje é a Expointer.

Em 1972, com a oficialização da participação de outros países, a feira passou a chamar-se Expointer – Exposição Internacional de Animais.

Em sua 32ª edição internacional, a Expointer concentrará as últimas novidades da moderna tecnologia agropecuária e agroindustrial, sendo reconhecida como um dos maiores eventos do mundo em seu gênero, evidenciando o potencial do agronegócio do Rio Grande do Sul.

Para maiores detalhes acesse o link oficial do evento: http://www.expointer.rs.gov.br/site2009/

domingo, 16 de agosto de 2009

Chega de bafo!


Aquele cheiro forte da boca de seu cão não deve ser ignorado. O mau hálito é sinal de que há algo errado com a boca ou com o aparelho digestivo do animal.

Uma das causas do mau hálito pode ser a placa bacteriana que se acumula sobre os dentes. A placa é composta por proteínas, células mortas e de descamação, saliva, restos de alimentos e, principalmente, bactérias que, através do processo de fermentação, produzem substâncias que são responsáveis por este terrível mau cheiro.

Por terem os dentes mais juntos, os cães de pequeno porte têm mais chances de serem afetados pelo problema.

O tártaro e os restos de comida podem causar infecções na gengiva, ou gengivite, que muitas vezes é acompanhada por sangramentos. Neste caso, escovar os dentes do animal regularmente previne a formação do tártaro. Se o tártaro já estiver formado, o melhor é consultar um veterinário para uma raspagem.

Pode ocorrer também tumores que parecem caroços na gengiva. Então, é necessário que se avalie se o tumor é maligno ou não, devendo ser removido com cirurgia.

Em raças com boxers e bull terriers, entre outras, pode haver um crescimento proliferativo nas gengivas. Um problema hereditário que faz com que a gengivas cresçam em demasia, podendo até cobrir os dentes. Muitas vezes, só uma cirurgia pode solucionar o problema, mas antibióticos melhoram as infecções causadas pelo crescimento.

Longe de ser considerado tratamento de luxo, os cuidados bucais vêm complementar a lista de medidas preventivas para a saúde do animal, que também inclui: alimentação à base de ração de boa qualidade, vacinação completa e controle de parasitas, higiene do animal e do local onde vive, programa de exercícios, além de muito amor e carinho.

Não ache normal seu cão ter bafo. Infecções sérias, que podem comprometer toda a saúde do animal, podem ter início numa boca mal tratada. Faça a higiene diária em seu bichinho e leve seu cão periodicamente ao veterinário.

OS MAIS BAFORENTOS
Estas são as raças mais sujeitas ao tártaro e, portanto, ao mau hálito
›› Yorkshire
›› Cocker spaniel
›› Poodle
›› Maltês

Produto do Laboratório Holliday-Scott para o combate ao mau hálito:


Antiséptico Bucal para Cães e Gatos
Fórmula:
Cada 100 ml contém:
Clorhexidina Digluconato .... 0,2 g
Veículo q.s.p. ............. 100,0 ml

Indicações:
Para o tratamento de halitoses, periodontites, infecções da Gengiva.
Como preventivo na formação de tártaro.
Como coadjuvante após o tratamento odontológico e limpeza de dentes.

sábado, 15 de agosto de 2009

Raça de Cães - PUG


O pug, ou carlin (como é conhecido na França) é uma raça muito antiga. Acredita-se que tenha se originado no extremo oriente, provavelmente na China, de uma variedade de cão semelhante ao pequinês, mas com pêlos curtos. Seus ancestrais foram levados do Oriente para a Europa por marinheiros holandeses. Apesar de seu pequeno tamanho e de seu parentesco com o pequinês, o pug também parece estar relacionado aos mastifes e alguns acreditam que em suas origens tenha sofrido a influência de cães do tipo do Dogue do Tibete miniaturizados. A partir do século XVI a raça chegou aos Países Baixos e se tornou o cão oficial da dinástia Orange. Posteriormente chegou a Grã-Bretanha, atravessando o canal da Macha em barcos e sendo trazido diretamente do Oriente por marinheiros. Foi na Inglaterra que a criação organizada da raça teve início. O pug virou um cão de luxo por toda a Europa, era considerado símbolo de riquesa e ostentação e estava presente em diversos palácios e cortes. Seu nome é uma palavra antiga, utilizada no século XVIII na Inglaterra, que significava “gnomo”, existindo também na expressão “pug-nose” que se refere a pessoas de nariz achatado.

O pug é um cão de companhia por excelência, carinhoso, sensível e meigo. Esta raça late pouco e quando o faz, sua voz é rouca, apesar disto o pug não é um cão que possa ser considerado “silencioso”, pois cães desta raça normalmente roncam bastante enquanto dormem. Apesar de desconfiado com estranhos o pug é não é um cão de guarda (10ª colocação no ranking das piores raças para vigiar a casa) .O pug é manso e calmo, mas não é a melhor escolha para casas com crianças pequenas, mesmo que alguns exemplares covivam bem com crianças, normalmente este cão de comportamento aristocrático prefere evitar “companhias muito agitadas” como crianças. Em contrapartida o pug é a companhia ideal para pessoas de hábitos sedentários e se adapta muito bem a vida em apartamento, sendo considerada uma das melhores opções para pessoas idosas (2ª colocação no ranking das melhores raças para pessoas idosas). Esta raça não é considerada muito obediente (57ª colocação no ranking de inteligência canina de Stanley Coren) e seu dono deve ser paciente e educá-lo desde de filhote.

O pug não precisa de muito espaço nem muito exercício, vive bem em um apartamento e fica satisfeito com passeios curtos. Esta raça detesta a solidão e não deve ser criado longe da família. Seu pêlo é curto e não necessita de muitos cuidados especiais, bastando uma escovação regular para a retirada de pêlos mortos duas vezes por semana. Contudo outros cuidados especiais devem ser tomados com cães desta raça, a alimentação de um pug deve ser equilibrada para evitar problemas de obesidade, esta raça não se adapta bem ao calor e deve ter sempre sombra e água fresca à sua disposição, os donos devem cuidar da higiene das dobras da pele, especialmente na face, também deve-se vigiar os olhos que são sensíveis e salientes. Além disto, como toda raça de pequeno porte, deve-se tomar cuidado para evitar o acúmulo de tártaro nos dentes.

Esportes Hípicos - Concurso Completo de Equitação


Histórico
Concurso Completo de Equitação (CCE) é umamodalidade hípica olímpica cuja primeira competição realizou-se em 1912.
No Brasil é praticada desde 1922, porém durante décadas ficou restrito aos oficiais de Cavalaria que tinham como missão preparar cavalos para a guerra.
Com a motorização da Cavalaria houve um declínio muito grande nas competições hípicas, nos quais os militares tiveram grande preponderância.
Por uma feliz coincidência com o declínio da equitação no Exército houve o surgimento de um movimento hípico, no interior de São Paulo, onde o cross-country fazia parte de uma etapa das competições.
Nasceu a ABHIR – Associação Brasileira de Hipismo Rural.
Esta feliz coincidência resultou em um intercâmbio, cujos resultados projetaram o CCE para o atual nível nacional e internacional.
O Exército cedeu seus conhecimentos, técnica e experiência administrativa e a ABHIR com sua vontade de crescer e o grande entusiasmo de seus dirigentes e cavaleiros.
Embora o CCE tenha sido praticado durante muitas décadas, podemos afirmar que nesta última década obtivemos um progresso muito grande. Para termos uma idéia desta ascensão podemos citar: Medalha de Ouro nos Jogos Panamericanos de Buenos Aires em 1995 e Medalha de Prata nos Jogos Panamericanos em Winnipeg em 1999.
Já participamos de duas Olimpíadas: Barcelona – 2 cavaleiros e Atlanta – uma equipe – e participou em Sidney. Estas duas participações foram obtidas devido aos resultados das classificações nos Jogos Pan-americanos.
Participamos dos Jogos Eqüestres Mundiais: Estocolmo – um cavaleiro; Haia – 3 cavaleiros; Roma – 4 cavaleiros, onde obtivemos a 9ª colocação.
Para um país que partiu do nada em menos de 10 anos está entre os 10 melhores do mundo, cremos ser um feito relevante.
Afora estas competições, na América do Sul temos vencido a maioria dos Concursos Internacionais Sul-americanos.
O CCE no Brasil está pronto a dar um salto de qualidade, partindo para a obtenção de grandes feitos.
Entretanto, para tal é necessário obtermos apoio financeiro de expressão para que possamos competir com os EE.UU., Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra, França , Alemanha, Itália e Espanha, todos estes países praticantes de um CCE da melhor técnica.
Já temos alguns patrocinadores de vulto. Além de particulares, a Ford do Brasil e o Banco Rural estão nos apoiando.
Mas é pouco, pois temos que realizar mais cursos de juízes, aprimorar nossos cavaleiros, nossos técnicos e veterinários visando o que de mais moderno existe na Europa que é a meca do CCE

Esportes Hípicos - Salto


HISTÓRIA DO HIPISMO

Amizade entre o homem e o cavalo remonta os princípios da civilização, quando o animal começa a ser usado como meio de locomoção. Conduzindo os soldados nas guerras, participando das famosas caçadas à Inglaterra.
O cavalo sempre foi presença obrigatória e bem amada na vida do homem. Hoje, raramente ele puxa um arado, foi substituido pelo automóvel . E cavalgar transformou-se num esporte: o hipismo praticado por homens,mulheres e crianças.

Esporte conhecido pela elegância , o hipismo surgiu do costume de nobres europeus, especialmente ingleses, de praticarem a caça à raposa, quando os cavalos precisavam saltar troncos, riachos, pequenos barrancos e outros obstáculos que os caçadores encontravam pelas florestas. O desenvolvimento da atividade ocorreu no século XX, com a criação das primeiras pistas com obstáculos exclusivamente para a prática de saltos.
O esporte tem como linha básica para um bom resultado a integração entre o conjunto (cavaleiro/cavalo). E com o passar do tempo o comportamento do cavaleiro foi mudando, buscando facilitar o trabalho do animal. Inicialmente, o montador ficava com o corpo na vertical, forçando o seu equilíbrio nas rédeas e no estribo.
No final do século XIX, o italiano Frederico Caprilli decidiu deixar a cabeça e o pescoço da montaria livres, sem alterar o equilíbrio do cavalo no instante do salto. Atualmente, os cavaleiros mantém o corpo inclinado para a frente, acompanhando a direção do animal na transposição do obstáculo.
O hipismo fez parte do programa da primeira Olimpíada da Era Moderna, em 1896, em Atenas, como esporte de demonstração. Entretanto, somente foi incorporado definitivamente aos Jogos Olímpicos em 1912, em Estocolmo.
Uma característica particular do hipismo é que homens e mulheres podem competir juntos com as mesmas possibilidades de vitória, diferentemente de outros esportes, em que a performance masculina é superior devido à maior força física. Além da categoria da amazona ou cavaleiro e da integração entre animal e condutor, o importante é contar com uma montaria saudável e bem condicionada. Sem divisão por sexo, os competidores são separados conforme a idade: minimirim (oito a 12 anos), mirim (12 a 14), juniores (14 a 18) e seniores (acima de 18). As entidades que dirigem o esporte costumam utilizar também as seguintes sub divisões: principiantes, aspirantes, jovens cavaleiros, seniores novos, veteranos e proprietários.
Além do salto, os esportes eqüestres têm outras modalidades. Nos Jogos Olímpicos são disputados também o adestramento, (em que o cavalo executa movimentos cadenciados, em perfeita harmonia com o cavaleiro); concurso completo de equitação, (disputado em três dias com provas de adestramento, corrida no campo com obstáculos naturais e artificiais, de resistência ao trote e salto); enduro, entre outros.

HISTÓRIA DO HIPISMO NO BRASIL

O primeiro registro de uma competição de hipismo no Brasil data de abril de 1641, graças a um holandês. A prova inicial realizada em território nacional teria sido organizada por Maurício de Nassau, em Recife (Pernambuco), com a presença de cavaleiros holandeses, franceses e brasileiros.
Mas, somente, em 1911, os primeiros clubes hípicos foram fundados no país: a Hípica Paulista (SP) e o Clube Esportivo de Equitação do Rio de Janeiro. A formação das hípicas era uma conseqüência natural do hábito de industriais e proprietários rurais de São Paulo praticarem a caça à raposa.
O esporte ganhou nova dimensão, no Brasil, na primeira metade da década de 20, com a chegada de uma missão militar francesa. Os especialistas europeus permitiram uma melhoria na organização e da técnica do esporte no país.
O esporte é coordenado no país pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), auxiliada pelas diversas federações estaduais. Vários brasileiros conquistaram destaque no esporte, como Luiz Felipe Azevedo, Vítor Alves Teixeira, André Bier Johannpeter e Alvaro Affonso de Miranda Neto e Bernardo Alves Rezende.
A principal referência do hipismo nacional e no mundo é hoje Rodrigo Pessoa.

Nelson Pessoa que conquistou excelentes resultados em algumas das principais competições internacionais, foi considerado um dos maiores cavaleiros de todos os tempos. Hoje Rodrigo, seu filho, que conquistou três prêmios que o pai tentou e não conseguiu, podendo substituí-lo como o maior cavaleiro brasileiro e do mundo da História. Rodrigo Pessoa integrou a equipe que conquistou a medalha olímpica de bronze em Atlanta (96), a única do hipismo brasileiro desde 48, quando o país participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos. E em outubro do mesmo ano, Rodrigo, aos 26 anos, se tornou o mais jovem campeão mundial da história, vencendo a prova individual de saltos dos Jogos Eqüestres Mundiais, disputados em Roma (Itália). O maior feito do hipismo nacional. Seis meses antes, em abril, Rodrigo conquistou a Copa do Mundo. Os resultados de Rodrigo Pessoa e da equipe brasileira, na Olimpíada de Atlanta , demonstram que o hipismo brasileiro alcançou um estágio que o coloca no mesmo patamar dos principais países da modalidade. A equipe brasileira ficou em quarto na última edição da Copa das Nações, realizada na Alemanha, e em quinto no Mundial. E no GP de Roterdã (Holanda), um dos mais importantes da Europa, realizado em agosto de 99, o Brasil ocupou os dois primeiros lugares do pódio. e nos Jogos Panamericanos em 99 a equipe brasileira conquistou a medalha de ouro para o Brasil. Em maio deste ano Rodrigo conquistou o tricampeonato do mundo no salto, passando a ser o 1° no ranking mundial. E agora chegou a vez de torcermos para que a equipe brasileira conquiste o ouro nos jogos olímpicos em Sydney 2.000.

Esportes Hípicos - Pólo


Considerado o esporte dos deuses e praticado pelas elites, o pólo teve sua origem no continente asiático. O esporte alcançou maior desenvolvimento na Índia, onde a presença dos ingleses foi fundamental para a reformulação das regras, diminuindo para quatro o número de jogadores.

O pólo começou a ser praticado no Brasil durante a década de 20 por ingleses, fazendeiros e militares brasileiros, principalmente no interior de São Paulo, onde até hoje tem grande expressão. Além disso, no sul do país o esporte sofreu grande influência de argentinos e uruguaios. Também foi grande a influência inglesa no pólo do Rio de Janeiro, destacando-se como principal figura sir William Prytman. Enquanto os militares utilizavam o Campo da Parada, em São Cristóvão, o primeiro campo de pólo civil foi o Gávea Golf Pólo Club. Já no Rio Grande do Sul houve uma maior influência por parte dos países vizinhos, como Argentina e Uruguai, além da preponderância do pólo militar. O Exército também destacou-se no cenário nacional, conquistando os títulos de campeão estadual e nacional.

No ano de 1973, com a motomecanização, o pólo militar começou a declinar, com exceção dos Dragões da Independência (Brasília), Osório (Porto Alegre), Andrade Neves (Rio de Janeiro), da Academia Militar de Agulhas Negras (Resende) e na fronteira do sul do país, no 8o RC de Uruguaiana e no 5o RC de Quaraí. Um jogo teve a participação de dez generais do Exército durante a Temporada Hípica da AMAN, em 1983, evento que depois se repetiu em Brasília, Ponta Porã e Uruguaiana. Os ingleses coronel Parker e major Coulson tiveram papel essencial na introdução do pólo no estado de São Paulo, onde iniciou-se basicamente no interior, mais precisamente na região de Colina e Orlândia, onde a família Junqueira, tradicional criadora de cavalos, proporcionava um ambiente propício.

O primeiro campo da Sociedade Hípica Paulista foi na sede de Pinheiros. Com o passar do tempo, várias equipes foram se formando na região. Durante os anos 60, uma nova geração de jogadores surgia e substituia a antiga. Em 28 de novembro de 1963, é fundada a Federação Paulista de Pólo. Os efeitos da nova organização começam a ser avistados durante a disputa da Copa Vargas, em Buenos Aires, onde os brasileiros forçam a terceira partida contra os argentinos, ocasião inédita há muitos anos. A equipe da Sociedade Hípica Paulista vence o Chile em São Paulo e Santiago na Copa Alessandri e conquista a primeira vitória internacional de um time formado exclusivamente por jogadores brasileiros. Com vitórias das equipes Rio Pardo, Toca e Sapizal nas Copas Vargas, Alessandri e no Mundialito de Pólo, o Brasil começa a se destacar internacionalmente e alguns jogadores são convidados patra atuar em outros países. Um dos jogadores que obteve maior êxito fora do Brasil foi Sylvio Junqueira Novaes, que, além de atuar por várias temporadas na Inglaterra e ter feito oito gols de handicap, viu sua égua Elke ser premiada como melhor animal da temporada no país.

A criação de cavalos nacionais para pólo apresentou grande desenvolvimento e alguns animais participaram dos Campeonatos Abertos da Argentina e muitos até hoje são exportados para os Estados Unidos, Venezuela, Itália e Inglaterra. Após a fundação da Federação Internacional de Pólo, começa a ser disputado o Campeonato Mundial e o Brasil sagra-se uma vez campeão e duas vezes vice. Na região de Indaiatuba, graças aos esforços de Giorgio Moroni, é formado em maio de 1975 o Helvetia Pólo Country Club, que reúne os melhores jogadores de pólo e agrupa os campos particulares na cidade. Outro fato curioso do esporte ocorreu quando da ocasião da visita do príncipe Charles ao Brasil em 1978, quando o herdeiro da coroa inglesa e grande entusiasta do esporte disputou alguns jogos em equipes civis e militares, em partidas disputada em São Paulo e Brasília.

Esportes Hípicos - Enduro Equestre


No Brasil, foi a cidade paulista de Tremembé quem inaugurou a prática oficial no ano de 1989, com Maristela Cup, organizada pela Verdes Eventos. O resultado positivo levou a empresa promover o Campeonato Brasileiro, em 1990, passando a constar no calendário oficial da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). Desde então, outras entidades, como a Associação Mineira de Hipismo (Amhir) filiada a Associação Brasileira de Cavaleiros de Hipismo Rural (ABHIR) aderiram à prática, com campeonatos regulares. Já no Rio Grande do Sul, entidades como o Núcleo Gaúcho de Cavalos Árabes aderiram à prova e com sucesso.

Foi em uma dessas iniciativas que o arabista Paulo Pacheco Prates Filho se apaixonou pelo esporte. A experiência se deu em abril, em uma trilha escolhida junto ao Morro Santana, em Porto Alegre. Os três filhos de Prates iriam competir e, só depois de insistirem muito com o pai, ele resolveu colocar sua égua, a Napharita, de 9 anos, no caminhão. “Depois que descobri o que é participar de um enduro, pretendo ir a todos que puder”, garante Prates. Ele conta que a primeira surpresa foi com o local, ainda desconhecido pela maioria dos porto-alegrenses. O terreno íngreme, com mata nativa e uma vista privilegiada da cidade, proporcionaram aos participantes momentos de rara descontração. Prates relata que o primeiro vet-check - intervalos regulares durante a prova para a recuperação do animal, tomada de batimentos cardíacos e reposição de eletrólitos, junto a uma cachoeira, deu o tom da descontração que pode se tornar a competição. “Eram jovens de 15 anos e casais de várias idades que tinham ali um único objetivo: desfrutar daquele raro momento de cavalgar em um cenário espetacular”, relata. Apesar de ser uma competição, Prates salienta que não há rivalidades para terminar em menor tempo ou ter melhor desempenho. A largada em dupla e em intervalos curtos possibilita a integração entre os participantes. A experiência fez com que ele reservasse 5 éguas para cruzar com um garanhão. “Vou preparar vários deles para outras competições”, revela.

Outra apaixonada por enduros é Ana Paula Lucas Vieira. Montando desde os 10 anos de idade, ela descobriu o esporte há cerca de 2 anos e aponta a relação interpessoal como um dos maiores benefícios. Competindo junto com o marido, ela acredita que seja o esporte ideal para a família. “É o momento mais saudável e democrático, onde cada um compete sozinho e, ao mesmo tempo a família está unida, envolvendo desde a criança até o avô”, salienta, ao lembrar que o filho Pedro, de 3 anos, já está começando a treinar.

Mesmo com a descontração dos cavaleiros, é interessante que certos cuidados sejam tomados. Quanto a raça do cavalo, por exemplo, há o consenso de que o árabe ainda é o melhor a ser escolhido. Ana Paula acredita que, para longas distâncias, o árabe, anglo-árabe, ou no mínimo, uma cruza, terá um melhor desempenho. O cavalo mantém baixo o nível de batimentos cardíacos e a estrutura pulmonar, com uma caixa toráxica mais desenvolvida, permite maior resistência. “Na maioria dos enduros, dentro ou fora do país, 80% dos cavalos são árabes”, lembra. Durante a etapa do Campeonato Mundial, que aconteceu este ano nos Estados Unidos, os 13 primeiros colocados eram árabes.

Proprietária de um centro de treinamento e tendo vencido 2 dos 5 enduros que participou na categoria aberta, Ana Paula entende que época ideal do animal para iniciar exercícios específicos do esporte é a partir dos 3 anos de idade. “A competição deve ser feita com um cavalo maduro com tendões, músculos, ligamentos e estrutura óssea bem formados, o que só é atingido com cerca de 7 anos de idade”, observa. Tanto o treinamento, como a doma, durante os primeiros 2 ou 3 anos, devem ser feitos, de preferência, por quem monta. Os exercícios, no entanto, não se reservam ao cavalo. O cavaleiro também necessita de preparo físico. Em provas mais longas, que podem chegar até a 100 quilômetros de extensão, são necessárias sessões de alongamento.
A treinadora entende que o endurista deva, sobretudo, praticar exercícios aeróbicos como natação e corrida. Já quanto a alimentação, Ana Paula aconselha que deve ser equilibrada, com ração, proteínas e suplementos, principalmente cálcio e sal mineralizado. O cavalo não deve ser nem muito magro, nem muito gordo. Há veterinários que aconselham manter o nível de gordura entre 8% e 12%, de preferência acrescentado óleo de milho à ração.

É importante, ainda, prestar a atenção no equipamento. Um bom ferrageamento previne o cavalo de lesões durante o percurso, já que ele deverá passar por obstáculos e terrenos irregulares, que podem afetar tanto os cascos, como a saúde do animal. Ana Paula lembra o uso de sela adequada ao comprimento e dorso do cavalo, liga e caneleira. O atleta também deve se proteger com capacete, botas e culote.

Esportes Hípicos - Adestramento


ADESTRAMENTO

O HISTÓRICO
Adestramento é uma disciplina olímpica do Hipismo e, dentre todas as manisfestações da Arte Eqüestre, constitui o segmento mais clássico.
A modalidade está voltada essencialmente para a pureza e estilização dos movimentos naturais do cavalo.
Extremamente técnica, busca o desenvolvimento harmonioso do organismo e dos meios do cavalo, de modo a torná-lo ao mesmo tempo governável e cômodo. Ao contrário das demais disciplinas, no adestramento, o cavalo não é instrumento ou objeto, mas sim sujeito. Portanto, para ele deverão convergir todas as atenções.

Provas
As provas, disputadas nos diversos níveis de dificuldades e de categorias, grupadas em faixas etárias, são realizadas a céu aberto (campeonatos) ou no interior (indoor), em um cercado de 20m x 60m, normalmente em piso de areia. Os competidores devem executar movimentos, perfeitamente definidos por regulamentos, numa seqüência préestabelecida, nas três andaduras (passo, trote e galope).
O grau de exatidão e correção na execução da prova, também chamada de reprise, é avaliada por cinco juízes, distribuídos ao longo da cerca que delimita o picadeiro. Com notas de 0 a 10, os árbitros julgam os movimentos dos diversos concorrentes, sendo vencedor aquele que totalizar o maior número de pontos, no somatório das notas atribuídas pelos cinco juízes.

Raças de Cavalos - Puro Sangue Lusitano


Puro Sangue Lusitano

Origem: raça típica das planícies quentes e secas do sudoeste da Península Ibérica. É o mais antigo cavalo de sela do mundo, tendo sido conhecido como Bético-lusitano, Andaluz e finalmente, a partir de 1967, por Lusitano, com a fundação do Stud Book da Raça Lusitana, posteriormente passou a chamar-se Puro Sangue Lusitano.

Características: altura média de 1.60m; cabeça com perfil subconvexo; orelhas médias e muito atentas; pescoço arredondado em sua linha superior; garupa arredondada; movimentos ágeis, elevados, briosos e extensos e com grande facilidade para a reunião. Sua pelagem predominante é a tordilha seguida da castanha, sendo admitidas a baia, alazã e a preta. sua seleção de milhares de anos lhe garante uma grande afinidade com os ginetes, muito superior a quaisquer raças modernas.

Aptidões: é um cavalo versátil cuja docilidade, agilidade e coragem lhe permitem atualmente competir em quase todas as modalidades do moderno desporto equestre: adestramento, alta escola, salto, enduro e tração ligeira, sendo no entanto imbatíveis no toureio equestre.

Raças de Cavalos - Mangalarga e Mangalarga Marchador

Mangalarga

Origem: raça formada no Brasil com o cruzamento de um cavalo de origem andaluza, da Coudelaria Real de Alter, trazido por D. João VI e presenteado ao Barão de Alfenas, Gabriel Francisco Junqueira, cruzado com éguas nacionais também de origem ibérica, trazidas pelos colonizadores. Desses cruzamentos surgiram produtos de andamentos comodos de marcha batida porém tendo grande resistência e rusticidade, que foram chamados de Mangalarga. Trazidos para São Paulo, sofreram infusões de sangue Árabe, Anglo-árabe, Puro Sangue Inglês e American Sadle Horse, que imprimiram aos novos produtos a “marcha trotada”, e, foi por essa característica que a raça Mangalarga dividiu-se em duas: Mangalarga em São Paulo e Mangalarga Marchador em Minas Gerais.

Características: cavalo de altura média de 1.55m.; cabeça de perfil reto ou subconvexo; olhos grandes; orelhas médias; pescoço de comprimento médio, musculoso; cernelha näo muito destacada; dorso näo muito curto; garupa semi obliqua; membros fortes; canelas curtas e quartelas com mediana inclinaçäo que lhe permitem uma marcha trotada sem muita elevaçäo e portanto comoda. A pelagem predominante é a alazã e castanha, sendo porém admitidas todas as outras.

Aptidões: passeio; enduro; esportes e trabalhos com o gado.



Mangalarga Marchador

Origem: a raça teve sua origem em Minas Gerais no ano de 1812 quando Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, recebeu de presente de D. Joäo VI um cavalo da Coudelaria Real de Alter, de origem andaluza. Cruzado com éguas nacionais, também de origem da Península Ibérica, porém de linhagens menos nobres, deu origem aos primeiros ‘Mangalarga Marchadores’. Selecionado para fazer grandes viagens, buscou-se aliar a comodidade a resistência e o brio.

Características: cavalo versátil, rústico, resistente, cômodo e elegante; tendo porte médio com altura de 1.54m.; cabeça de perfil retilineo ou subcôncavo; orelhas médias; pescoço piramidal forte e ligeiramente arredondado na linha superior; cernelha bem definida; peito amplo; dorso e lombo curtos; garupa horizontal; membros fortes e andamento de marcha batida ou picada, porém, ambas com momento de tríplice apoio. São admitidas todas as pelagens, porém a predominante é a tordilha.

Aptidões: passeio; enduro; esportes e trabalho com o gado.

Pelagem de Cavalos



quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Doma Racional

MEDO OU CONFIANÇA ?
MAUS TRATOS OU RECOMPENSA ?
AGRESSIVIDADE OU LEVEZA ?
ARREDIO OU DÓCIL ?

O intuito desta sessão é mostrar-lhes o caminho para uma doma sem trauma para seu potro ou seu cavalo selvagem, lembrando-se que todos os trabalhos devem ser iniciados aos 2 anos e os trabalhos montados aos 3 anos , tudo para que seus tendões e articulações não sofram algum dano.
Lembre-se que uma boa doma significará uma boa infância ao seu equino!!!!!!

AÇÕES BÁSICAS DA DOMA RACIONAL
Apresentaremos a seguir as normas que norteiam os trabalhos para uma correta doma:
- Dominar o cavalo conquistando-lhe a confiança e não pelo medo;
- Transmitir os comandos sempre com clareza , não permitindo que o animal realize coisas diferentes das que foram solicitadas.Antecipar-se nos comandos;
- Utilizar os auxílios: voz, pernas, rédeas, deslocamento do corpo e gestos;
- Demonstrar ao cavalo, através do afago (carinho), quando ele responder positivamente ao comando;
- Encarar cada animal com sua individualidade, procurando "ler" cada cavalo e interpretar seu comportamento;
- Castigar o animal, quando necessário, de imediato. De nada adianta castigar após o fato ter passado; e
_ Ter paciência e repetir os comandos, sempre que necessário, são comportamentos indispensáveis ao domadores.

PROIBIÇÕES NA DOMA RACIONAL

A doma racional é um processo de domesticação, em que se busca desenvolver o entendimento e a cooperação entre cavalo e domador, baseada sempre na confiança e no respeito mútuo.
São proibidos:
• Alguns procedimentos comuns da doma tradicional, e que mais se assemelham a uma luta da qual deverá sair um vencedor e um vencido, tais como lançar o cavalo para pegá-lo, palanqueá-lo e "quebrá-lo do queixo", são proibidos na doma racional;
• O uso do laço para pegar o cavalo pela primeira vez, quando o potro for trazido do campo e colocado em uma mangueira, laçado pelo pescoço, enforcado e asfixiado ao ponto de cair no solo, até que se deixe embuçalar, é uma luta desigual, na qual o potro sempre será o vencido, podendo ficar marcado para o resto da vida, já que é dotado de excelente memória;
• O palanqueamento é outra prática que só serve para amedrontar cada vez mais o potro e, pela brutalidade, causar-lhe as mais variadas lesões, principalmente as de cabeça e pescoço; e
• A "quebra de queixo", feita com o potro derrubado no chão e completamente maneado, lesionando-lhe as barras e criando nas mesmas, posteriormente, um tecido cicatricial de menor sensibilidade, não encontra uma justificativa aceitável e que possa servir de aprendizado para ser incorporado às atividades do mesmo.

A divisão em duas fases facilitará o entendimento da evolução dos trabalhos ( Doma à pé / Doma montada)

DOMA À PÉ

CARÍCIAS E CASTIGOS
Os eqüinos são sensíveis e aceitam tanto as carícias e afagos como o castigo ou correções. Sempre que o potro responder positivamente a um estímulo, deve ser acariciado (sob a forma de pequenas batidas coma palma da mão na tábua do pescoço), estimulando-o e incentivando-o a responder sempre assim, quando solicitado. Por outro lado, quando o animal agir errado ou, principalmente, quando rebelar-se, deve ser corrigido (sob a forma de "quebra de cabresto" ou apanhando). No entanto, deve-se atentar para que tanto as carícias como o castigo sejam executados tão pronto o animal realize a ação, sob pena de o mesmo não relacionar a sua ação com a resposta do domador.

EMBUÇALAR
Aparta-se o cavalo conduzindo-o para uma mangueira pequena, com cercas seguras, de preferência de listão.
O domador entra para a mangueira com calma, apenas falando, procurando fazer com que o potro atenda, como quem diz: "olha, eu estou aqui, tudo bem, vamos ser amigos". Tudo deve ser feiro sem pressa, com muita tranqüilidade.
A cada passo que o cavalo der, se afastando do homem, o homem também deverá dar um passo em sentido contrário, isto é, recuando. Uma vez o cavalo parado, inicia-se tudo de novo.
Passa-se a tocar no corpo do cavalo, iniciando pelo pescoço, crineira e cruzes, tocando de leve, como a acariciá-lo.
Quando se consegue uma maior aproximação, passa-se a ponta dos dedos e a palma da mão pelo lado da cara, orelhas e crinas, até o mesmo permitir que lhe seja colocado o buçal.

SENSIBILIZAÇÃO DA NUCA
Puxando-o pelo buçal para um lado e para outro, com puxadas secas e firmes, de curta duração.
Quando o animal ensaiar o primeiro passo, deve-se acariciá-lo e animá-lo, no sentido de quem diz "muito bem, é isso que eu quero, vamos em frente".
É importante que se tenha presente que o cavalo deve ser dominado pela paciência, persistência e repetição;

SENSIBILIZAÇÃO DO FOCINHO
Uma vez que o cavalo esteja cabresteando, procede-se a sensibilização do focinho, para que o mesmo fique domado (leve) de cabeça. Para tal, pega-se pelo cabo (cedeira) do buçal e joga-se a cabeça do animal para um lado e para o outro, algumas vezes, em movimentos limitados pelo curso do braço, até que o domador sinta que o cavalo ficou leve de cabeça.

TRABALHO NA GUIA NO REDONDEL
Consiste em fazê-lo andar em círculos, para ambos os lados, nas suas andaduras normais (passo, trote e galope), seguro por uma guia comprida (de 5 a 6 metros), atendendo ao comando do domador.
O trabalho na guia serve para aquecer ou refrescar o cavalo, bem como para fazê-lo flexionar o corpo para andar em curva.
Trabalhos diários de 40 min (20 min de cada lado) são recomendados para o desbaste do cavalo (reduzir a energia acumulada pela estabulação) e ajudará no estado geral do mesmo.

QUEBRA DE CABRESTO
O domador se coloca em frente do cavalo, segurando o cabresto com alguma folga e desferindo-lhe golpes laterais com mesmo no sentido do buçal, sem ,no entanto, bater na cara do animal. Sempre que o eqüino reagir negativamente a alguma coisa, a quebra de cabresto é maneira de repreendê-lo. No momento em que o animal começa a recuar não há mais a necessidade de golpear o cabresto ,apenas o comando de voz, com o gesto de levantar o cabresto a sua frente, são suficientes para fazê-lo recuar.

BANHO DE ENCILHAGEM
Para isso ,inicia-se com o chergão ou baixeiro, que deve ser levado em direção ao pescoço do cavalo, deixando-o ver, reconhecer e cheirar o mesmo ,tocando próximo as cruzes e, a seguir ,no lombo e no resto do corpo. Coloca-se a cincha, que deve ser encostada na barriga, sem necessidade de aperto; faz-se ,então ,o animal caminhar saindo, inicialmente, a passo ,dando tempo para que ele sinta que está com a cincha para, depois, passar ao trote e galope. Modifica-se a posição da cincha correndo-a parta frente e para trás (inclusive na virilha) , sempre mais aceleradas. Sempre fazendo o animal sair a passo para depois passar a andaduras mais aceleradas. Sempre que o animal reagir se fará a "quebra do cabresto" ,até que pare e aceite as encilhas.
Outros materiais, tais como saco plástico ou papel ,que fazem barulho, devem ser passados por todo o corpo do cavalo.

A EMBOCADURA
O "freio-bridão" se mostra muito eficiente. É de se destacar que a espessura do bocal deve ser de 12 mm. A partir do 2º dia, estando o potro já contido, passa-se a colocar-lhe a embocadura, sendo que, pela primeira vez, sem rédeas e sem nenhuma atividade, simplesmente para o cavalo ficar mascando e ir se habituando à mesma. Nas etapas subseqüentes se fará, então, o uso das rédeas .
Pode utilizar os mais variados recursos para que a colocação da embocadura no cavalo seja menos traumática, como por exemplo passar água com açúcar, mel ou algo parecido para que o animal fique mascando o freio.

BANHO DE CORDA
O intuito é que o cavalo perca todo tipo de cósegas , relacionada principalmente ao material de manejo e contenção. Sua ampla utilização concorrerá para a docilidade do animal.
Inicialmente recomenda-se que use cordas longas para que o domador não se machuque com eventuais reações do animal.
O primeiro passo é esfregar a corda por todo o corpo do cavalo , depois passar em todos os membros , tracionado pouco a pouco com o cuidado de não aparecer reações e não haver possibilidade de assar ou ferir o animal. Lembre-se que deve respeitar a progressividade das ações.

DOMA MONTADA

MONTADO PELA PRIMEIRA VEZ EM MOVIMENTO
Quando se estiver com o cavalo sob comando, fazendo o trabalho na guia, recuando, com boa sensibilização de cabeça, aceitando as encilhas e o banho de gente sem resistência, etc, pode-se montar e andar. Para isso, existem diversas alternativas:
Para animais completamente controlados, mansos e tranqüilos, que se acredita que não vão tentar nenhuma rebeldia, e que, simplesmente, deixam-se andar, monta-se, inicialmente, com o auxílio das rédeas ou cabresto, provocando o deslocamento lateral;
Para animais ligeiros, utiliza-se um auxiliar que, segurando-o pelo buçal, cabresteia-o a passo, trote e galope. Os animais que trabalham bem na guia poderão ser exercitados na mesma com o domador montando e, a partir daí, fazê-lo andar soltos;
Para animais mais violentos, que não estão completamente contidos ou aqueles que não aceitaram o "banho de gente", cabresteia-se primeiro com um auxiliar a cavalo, fazendo com que ande ao lado deste. Monta-se e o amadrinhador o conduz, controlando para não deixá-lo corcovear, tirando-o a tranco, a trote e a galope e, uma vez desenvolvido, poderá ser solto, controlando-o de perto.

TRABALHO EM CÍRCULO
Na medida em que o cavalo aprende a andar, carregando o domador, se começa o trabalho de direção, andando em círculos, bem abertos e fechando-os, gradativamente.
Não deve-se buscar ainda um forte contato com a boca do cavalo, cuidando para que as rédeas estejam bem frouxas, tendo a preocupação apenas de indicar a direção.
O ideal seria utilizar-se de um cavalo mais velho como guia e regulador de cadência. O trabalho em escolinhas é o mais recomendado , colocando os cavalos mais experientes intercalados com os mais novos.

BANHO DE GENTE
Consiste em manter o cavalo parado e ter acesso a todo o corpo do mesmo, montando (inicialmente de barriga) e desmontando pelos dois lados, passando por baixo, pelas mãos, pelas patas, simulando quedas junto ao mesmo, etc...
Para isso, solicita-se que um auxiliar dique na frente do cavalo para controlá-lo, se necessário.

A ÁGUA COMO INSTRUMENTO DE DOMA
O banho serve para a limpeza do corpo do animal, para refrescá-lo e para o relaxamento muscular e tranqüilização, além de servir como elemento de doma, retirando as cócegas do animal ao bater-lhe a água e escorrer-lhe pela pele.
O banho, para animais aquecidos (trabalhados), deve ser realizado iniciando-se a molhar pelos cascos, patas, membros, parte inferior do ventre e terço inferior do costado, para, por último, molhar a parte superior do corpo (lombo, cruzes, garupa).
Cuidado ao jogar água na cabeça do cavalo , iniciando com uma esponja úmida para que o animal não pegue um trauma .

Ferrar o Cavalo


O cavalo pisa sobre a extremidade de um único dedo, protegido por um casco, que é uma unha córnea. Na Antiguidade, os cavalos não usavam ferraduras e os cascos se desgastavam depressa, por isso, eles não trabalhavam por muito tempo.
Por volta do século X, no Ocidente, descobriram a ferradura e passaram a colocá-las nesses animais. Os cravos da ferradura são fixados na parte morta do casco e isso ajuda a não "gastar" o casco do cavalo.
Na rotina do tratamento do seu cavalo não deve esquecer-se dos cuidados a ter com os cascos, pois são essências para mantê-lo saudável. Desde os seus primeiros anos o cavalo deve ser inspeccionado por um ferrador de 6 em 6 semanas, mesmo que seja somente para aparar os cascos. Em caso de o animal precisar de usar ferraduras, para tornar o trabalho mais confortável, estas também deverão ser tiradas num período de 6 semanas para que os cascos sejam aparados.
O dono do cavalo deve limpar os cascos pelo menos um vez por dia e verifica-los assim como as ferraduras para, se necessário contatar o ferrador. Deve também saber retirar uma ferradura solta para agir em casos de emergência, deve fazê-lo do seguinte modo:
► Levantar o casco e, utilizando um saca-rebites, cortar as pontas dos cravos que estão dobradas para fora;
► Usar a turquês para separar a ferradura do casco, começando do talão (atrás) para a pinça (frente);
► Agarrar a ferradura a frente e arrancá-la com a turquês puxando para trás.
Métodos de Ferrageamento:
O cavalo pode ser ferrado de dois modos: a frio ou a quente. No ferrageamento a frio a medida das ferraduras é a mesma da do casco, podendo o ferrador fazer alguns acertos na sua forma. Apesar destas ferraduras não ficarem tão perfeitas como as acertadas a quente, um cavalo bem ferrado a frio fica melhor servido do que um mal ferrado a quente. No ferrageamento a quente a ferradura, previamente aquecida é encostada ao casco; as desigualdades do corte do casco que necessitam ser corrigidas antes de colocada a ferradura são reveladas pela área chamuscada. Esta parte do casco pode ser queimada e pregada sem que o cavalo se magoe pois não possui nervos.
Tipos de Ferraduras:
O material geralmente utilizado nas ferraduras é o aço, no entanto podem ser feitas de outros matérias: de alumínio (usadas nos cavalos de corrida dado que são mais leves); de plástico aderente (para cavalos que não suportam os cravos). Existem também ferraduras ortopédicas ou cirúrgicas utilizadas em casos de laminite e de doença do navicular.

Abaixo alguns produtos que a Farex importa para este segmento:





segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cinomose


Enfermidade infecto contagiosa, que afeta só os cães entre os animais domésticos. Causada por um vírus, sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio, e menos de um mês em local quente e úmido; muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns. Não escolhe sexo ou raça, nem a época do ano. Ocorre mais em jovens, mas animais idosos também podem se contaminar se não vacinados.

Se infectam (contaminam) por contato direto ou pelas vias respiratórias, pelo ar contaminado. Essa transmissão é por secreções do nariz e boca de animais infectados (espirros e gotículas que saem do nariz quando se respira) é a principal fonte de infecção. O animal doente espirra e contamina o ambiente e os animais que estejam perto. Inclusive, se tiver um ser humano por perto, o vírus pode ser carregado até um animal sadio por ele.

O animal pode se contaminar pela via respiratória ou por via digestiva, por contato direto ou fômites (pode ser um objeto ou um ser humano, por exemplo, que carregam o vírus na roupa, nos sapatos) , água e alimentos contaminados por secreções de cães doentes.

Após o animal ser infectado, ocorre o período de incubação do vírus (digamos que seja o período que ocorre entre o vírus entrar no corpo e o corpo começar a manifestar os sintomas da doença) por 3 a 6 dias , ou até 15 dias, e depois disso a temperatura pode chegar a 41ºC, haver perda de apetite, corrimento ocular e nasal . Este estado dura mais ou menos 1 a 2 dias. Depois se segue um período de 2 a 3 dias, as vezes meses, em que parece que tudo volta ao normal. Depois disso pode ser que apareçam os sinais e sintomas típicos da cinomose.

Pode haver sintomas digestivos (diarréia e vômito), respiratórios (corrimento nasal e ocular) ou nervosos ( tiques nervosos, convulsões, paralisias, etc) ou haver associação deles.

O animal pode morrer tendo desenvolvido só uma das fases da doença ou sobreviver desenvolvendo todas, podem desenvolver cada tipo de sintoma aos poucos ou todos juntos.

Normalmente os primeiros sintomas da 2º fase são febre , falta de apetite, vômitos, diarréia, dificuldade para respirar. Depois conjuntivite com secreção , corrimento nasal, com crostas no focinho, e pneumonia. Pode se seguir por 1 a 2 semanas e daí aparecerem os sintomas nervosos, tiques nervosos, depois sintomas de lesões no cérebro e medula espinhal. Em uns, por inflamação no cérebro, os animais ficam agressivos, não conseguem as vezes reconhecer seu dono, ou em outros, ocorre paralisia dos músculos da face em que o animal não consegue abrir a boca nem para tomar água, apatia profunda; por lesões no cérebro e na medula espinhal, andar cambaleante, paralisia no quarto posterior ('descadeirado'). Dificilmente os sintomas são estacionários (vão piorando sempre, de maneira lenta ou rápida).

É de difícil tratamento, dependendo quase exclusivamente do cão sua sobrevivência ou não. Digo quase exclusivamente, porque o veterinário pode ajudar eliminando coisas que podem atrapalhar sua "guerra" com a doença, como as infecções que ele pode ter por fraqueza, aconselhar a alimentação correta, receitar medicamentos que ajudem a combater as inflamações no cérebro, receitar uma medicação que tente aumentar sua resistência, etc.

Sua evolução é imprevisível, ou seja, quando o cão adoece, não há como saber se ele vai se salvar ou não, ou se a morte vai ser rápida ou lenta.

A melhor solução ainda é a prevenção, ou seja, vacinar corretamente.

ANIMAIS SUSCETÍVEIS: CANÍDEOS em geral, inclusive portanto o Cão doméstico. Além destes, o furão e outros mustelídeos silvestres, a raposa e o cachorro do mato.

SINTOMATOLOGIA: Após um período de incubação de 4 a 7 dias, inicialmente determina o vírus no sangue (Viremia): aumento da temperatura corpórea (febre). Esta, caracteriza-se por uma curva febril chamada de duplo-pico, o que significa que após um breve aumento de temperatura que se faz acompanhar de indisposição transitória e inapetência, após 5 a 6 dias em que o animal não apresenta febre, sobrevem repentinamente novo segundo pico febril, quando essa elevação de temperatura se mantém durante todo o ciclo da doença. Logo em seguida aparecerem nos epitélios (pele e mucosas) erupções de início sob forma de pápulas, para em seguida se transformarem em vesículas e estas evoluírem para pústulas.

Os epitélios de revestimento interno dos pulmões quando se inflamam sob ação do vírus, determinam aparecimento de pneumonia, o mesmo ocorrendo com o revestimento mucoso do estômago e intestinos, determinando gastrite e enterite. Em alguns casos a evolução da doença é predominantemente nervoso, pela ocorrência de inflamação exclusiva da meninge e conseqüente meningite virótica.

Germes de associação encontrados tanto no trato respiratório quanto digestivo vêm num estágio mais avançado da doença complicarem-na, com aparecimento de lesões mais graves além de corrimentos purulentos. De início ocorrem em geral vômitos, corrimento seroso nos olhos e nariz para em seguida o corrimento se transformar em purulento pela associação com outros germes. Quando inflamadas as mucosas digestivas os vômitos se tornam incoercíveis, sobrevindo em seguida disenteria de início sem presença de sangue ou pus para em seguida este aparecer também, constituindo-se o resultado dessa regurgitação dos alimentos ingeridos, assim como nas fezes emprestando-lhe odor pútrido.

HISTOPATOLOGIA - Nas células ganglionares, no epitélio bronquial e no revestimento interno da bexiga são encontrados inclusões celulares características, denominadas histologicamente de Corpúsculos da Cinomose. Em geral, são vários os órgãos atacados no transcorrer dessa doença, muito raramente se constituindo apenas de encefalite pura, e esta quando presente, leva a confusão com a Raiva.

FORMA DE INFECÇÃO - O vírus penetra no organismo suscetível a través do ar aspirado, no chamado contágio aéreo, ou por via digestiva a través dos alimentos ou da água de bebida contaminadas por secreções de animais enfermos. É uma das mais freqüentes enfermidades dos cães, principalmente de animais jovens em seu primeiro ano de vida. Podem também se infectar animais mais velhos que por alguma razão não tenham sido imunizados anteriormente com vacinas próprias, ou que por alguma doença tenham tido sua resistência debilitada e se tornado presa fácil para essa infeção.

FORMAS CLÍNICAS DA DOENÇA:

A - PULMONAR - São predominantemente do aparelho respiratório as anormalidades constatadas quando do exame clínico do animal, traduzindo-se por inflamação do faringe e laringe que provoca tosse, assim como da traquéia e os próprios pulmões, neste ocorrendo pneumonia.

B - DIGESTIVA - O aparelho digestivo é o predominantemente afetado, com vômitos e disenteria, de início serosa para se tornar em seguida com presença de sangue (hemorrágica) e purulenta em seu final.

C - NERVOSA - Predominantemente sinais nervosos, com sintomas típicos de encefalite.

D - CUTÂNEA - É a forma mais benigna da doença, quando os sinais comprovados são unicamente na pele (vesículas e mesmo pústulas), ou mucosas, aparecendo conjuntivites serosas breves , tendo evolução para cura rápida sem maiores complicações. Os animais vacinados que não adquiriram por alguma razão conveniente imunidade, em geral exteriorizam esta forma da doença.

TRATAMENTO - Sendo disponível o chamado Soro Hiperimune (Gama Globulinas específicas), é o tratamento de eleição, secundado por antibióticos de largo espectro para combate das infeções secundárias concomitantes. Tratamento sintomático, como por exemplo da conjuntivite é também oportuno com a finalidade de ser evitado possível complicação como úlcera da córnea e mesmo panoftalmia.

PREVENÇÃO - Vacinação dos animais sensíveis a doença, com Vacina de boa procedência, esta obtida preferentemente por cultivo em passagem por furão, dando como resultado a chamada vacina viva atenuada. Modernamente também é utilizado o cultivo do vírus em membrana cório-alantoide de ovos embrionados de galinha, esta chamada de Vacina avinizada. A primeira vacinação deve ser aplicada nos animais pelo menos 30 dias após seu desmame e separação da respectiva mãe, e uma segunda dose, e mesmo uma terceira vacinação após transcorridos 30 e 60 dias dessa primeira dose administrada. Em geral é encontrado no comércio veterinário, essa vacina associada aquelas profiláticas contra a Hepatite e Leptospirose, constituindo em seu conjunto na chamada Vacina Tríplice. Podem ser encontradas também associadas para prevenção de outras doenças, como a própria Raiva, e mesmo outras doenças causadas por vírus e bactérias que acometem esses canídeos.